Sábado, 31 de Outubro de 2009
Ardina de Lisboa (Euclides Cavaco)

Pé descalço e calção roto
Imagem desse garoto
A quem chamamos ardina
Que em voz cantante apregoa
Pelas ruas de Lisboa
A imprensa matutina...

Ao romper da madrugada
De jornais cheia e pesada
Ao ombro põe a sacola
Num lesto desembaraço
Sem ter tempo nem espaço
Para os livros da escola.

E num desafio à vida
Trava esta luta atrevida
Por mercê do seu destino
Sem ter direito a brincar
Vê verdes anos passar
Sem chegar a ser menino.

Da pequena personagem
Ficou do tempo a imagem
Que perdura em cada esquina
Como um retalho de fado
Desse palco onde deu brado
A voz do pequeno ardina !...

 

Obs.: Caso queira tomar com o autor um cálice de poesia...
Entre por aqui : www.ecosdapoesia.com
 



publicado por escorpion às 20:53
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Quinta-feira, 29 de Outubro de 2009
Ser Poeta



publicado por escorpion às 22:39
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Segunda-feira, 26 de Outubro de 2009
Que mistério é esse

 “Que mistério é esse
Que surge de repente
E através da distância...
Sem tocar... sem conhecer
Toma conta da gente?
Subjuga e escraviza
Nossa alma...
Nossa mente...
Liberando sentimentos
Desencadeando desejos
Quase sempre contidos...
Muitas vezes reprimidos
Que vêm à tona
Há tanto tempo perdidas.
Libertou-me da indiferença...
Renovou-me a confiança...
No amor e na esperança!
Mesmo sendo insensatez...
Modo louco de querer...
Sou feliz nessa fantasia...
Nesse sonho diferente
De toques...
Abraços e beijos
Que despertam o desejo...
Que conduzem ao êxtase...
Ao delírio do prazer!”



publicado por escorpion às 22:54
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Sábado, 24 de Outubro de 2009
Tempo do Nosso Tempo

 

Quem contra o tempo labuta
Por ele sempre faltar
Trava uma frustrada luta 
Bem difícil de ganhar ...


Deve-se pois calcular
Com precisão e medida
O tempo, p'ra não falhar
Aos compromissos da vida.


Procurar não consumir
Tempo com futilidades
Tentando sempre servir
Primeiro as prioridades.


Por vezes é esbanjado
Em muitas coisas banais
Tempo assim desperdiçado
Não se recupera mais...


Quem é bem organizado
E sabe o tempo gerir
Quase nunca anda atrasado
Nem tira tempo ao dormir...


Seguindo a filosofia
De tão singela manobra
Chega sempre ao fim do dia
Com algum tempo de sobra !...

(Euclides Cavaco - www.ecosdapoesia.com )



publicado por escorpion às 04:25
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Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009
Desisto

 

 

“Não sei quem é você
que um dia pensei conhecer.
Dentro de si habita vários seres:
alguns abraçam a vida ao amanhecer,
outros matam sonhos antes do anoitecer.
Nunca sei com qual deles encontrarei
mas não tenho dúvidas que me ferirei.
Certo é que ficarei com meus prantos
num soluçar amargo de desencantos.
Fecho-lhe agora as portas da minha companhia
com a chave que me deu de esperança vazia.
Não permitirei mais que semeies
fartos campos de desilusão,
nem plante tuas amarguras
no jardim que há no meu coração.
Retiro-me em silêncio, neste momento.
Jogo a toalha da paciência
no mar de tentativas de lhe entender
pois não sei quem é você
e não quero mais lhe conhecer.”


publicado por escorpion às 16:08
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Terça-feira, 20 de Outubro de 2009
O silêncio

Solidão a dois por Nelton.araujo.

Pior do que a voz que cala,
é um silêncio que fala.
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!"
É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim, você entende a mensagem.

Marta Medeiros



publicado por escorpion às 23:57
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Quinta-feira, 15 de Outubro de 2009
Amor Perene

 

 

A vida tem mais sentido 
Se amor for prioridade
E se for correspondido 
Numa reciprocidade.

Amor que seja perene
Sincero e sem condições
Cada dia mais solene
Dando voz às emoções.

Deve haver compreensão
Partilhar dificuldades
Porque em qualquer relação 
Há sempre fragilidades.

Se houver razão p'ra ciúme
Não te consumas na dor
Cala na alma o queixume
Mostrando provas de amor.

Quando o amor é traído
Motiva ciúme e dor
E num coração ferido
Dá origem ao rancor.

Não deixes nem por um dia
Que isso o amor contamine
Faz do ódio ironia
P'ra que o amor predomine!...

(Euclides Cavaco - www.ecosdapoesia.com)


publicado por escorpion às 18:38
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Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009
Fazer amor é pisar na eternidade!

 

Fazer amor é coisa séria demais. Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo.

Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra, desvendando sentimentos, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa com delicadeza.

Porque alma tem textura de cristal, deve ser tocada de leve, apalpada com carinho. Até que o corpo descubra cada uma das suas funções.

Quando a descoberta acontece é que o ato de amor começa.

As mãos deslizam sobre as curvas, como se tocando nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos, provando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes escorrendo em cascatas, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção. É nascer de novo: no abraço, no beijo que sacia no infinito do orgasmo. Vale chorar, vale gemer.

Vale gritar, porque aí já se chegou ao paraíso, e qualquer som ha de sair melódico e afinado, seja grave, agudo, pianinho.

Há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro. Corpos se ajustaram, almas matizaram. Fez-se o êxtase! É o instante da Paz. É a escritura da serenidade!E os amantes pisam eternidades!
(Texto de um Frei do Colégio Santo Agostinho).



publicado por escorpion às 18:57
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Terça-feira, 13 de Outubro de 2009
O infinito Amor

 

“Amar é impulsionar o coração através do infinito em busca do desconhecido. É dizer à alma -- FALA! É deixar o corpo pronto para agir. É ouvir-se a si próprio e penetrar com misteriosos sussurros que o corpo não explica e a mente nega, com um sorriso incrédulo. É sentir umas coisas estranhas que lembram os ecos dos apaixonados. É perceber entre duas formas visíveis os aromas da paixão -- os corpos e o mistério -- uma linha sutil, que é a divisória formidável do incognoscível......
Amar é tão belo que jamais se pode escrever ou, sequer, formular em linguagem humana.
Uma grande paixão é muda, e fecha os lábios para que a alma se faça ouvir melhor.
A sensação do amor é, o disco luminoso onde a alma se reflete como a poeira das estrelas no espelho líquido da paixão. Os lábios contraem-se como se fossem falar, mas os sentimentos se completam com os doces fluídos do amor.
É falsa a paixão que se faz sem a luz misteriosa do amor que resume o próprio universo no infinito dos prazeres, na poeira cósmica das satisfações sensuais.
Entre o grão de areia dos sentimentos e o mundo incontável do universo do amor, há a mesma distância virtual que separa um homem de uma mulher apaixonados. A alegria e o sorriso é a forma visível de uma eternidade que nossa imaginação jamais vai entender.
Quem ama jamais será infeliz. Só há uma desgraça irremediável: a dos que nunca se apaixonaram loucamente. Amar é adquirir imortalidade a sombra da morte.
Amar é fazer o corpo gemer refletindo em si mesmo o doce sorriso da vida.
O amor é uma ascensão e uma transfiguração.
A paixão é a arquitetura grandiosa que sustenta o amor, escrevendo nos sentimentos a história dos relacionamentos.
Os relacionamentos sem o amor que é a linguagem da alma, distraem o espírito e ferem a inteligência.
Se você tiver um coração duro que não te permitas amar, olha para dentro de ti mesmo e chora: não conheço nada mais belo que o direito de ter lágrimas.
Amar é estar alinhado com o universo, é ouvir no infinito a própria voz formidável das estrelas.
Amar é alcançar a eternidade.
Amar é calar, para sentir melhor.”

 



publicado por escorpion às 00:16
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Quinta-feira, 8 de Outubro de 2009
Retrato do Tempo

 

 

Vão passando os nossos dias
Entre calmas e euforias
Desta vida que vivemos
Que é feita de conjecturas
De alegrias e de agruras
Que às vezes não entendemos.

Formulamos sempre planos
P'ròs dias meses e anos
Ai quantas vezes falhados
Depois de persuadidos
Ficamos desiludidos
Quando eles são malogrados.

O tempo corre e avança
Sem parar para mudança
Deixando dele os espelhos
Com o seu fugaz poder
Vemos o tempo correr
Ficando sempre mais velhos.

Somos do tempo produto
Que é supremo e absoluto
Com seu constante aparato
Vai medindo a nossa idade
Deixando em realidade
Do tempo em nós o retrato !...

Euclides Cavaco

Veja e ouça este tema neste link:

http://www.euclidescavaco.com/Recitas/Retrato_do_Tempo/index.htm

 

 



publicado por escorpion às 16:15
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