Sexta-feira, 25 de Junho de 2010
Primavera da vida

Ramo de Flor.gif

A primavera da vida

Não é quando temos 18 anos
E não sabemos nada de nada
E pensamos que sabemos tudo;
Quando pensamos
Que nossas dores de amor
Serão eternas...
A primavera da vida
Chega quando nos sentimos
Prontos para nascer
Para as coisas boas e belas
Que a vida nos oferece;
Quando nos sentimos bem connosco mesmos
E podemos nos olhar no espelho e dizer:
-Agora sei o que quero,
Sei do que preciso
E sei o que vou buscar;
Não tenho medo de errar.
A primavera da vida
Chega quando olhamos para trás
Sem ressentimentos,
Sem arrependimentos
E para o futuro com o brilho nos olhos
De quem já descobriu
Que dores não são eternas
E alegrias também não,
Mas que a gente vive
E sobrevive apesar de tudo.
É quando a gente descobre
Que nunca é tarde demais
Pra recomeçar.

(Letícia Thompson)



publicado por escorpion às 22:57
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Domingo, 20 de Junho de 2010
Desejo a você
 

Existem poemas que demonstram grandiosa beleza e a profunda sensibilidade de seus autores. Dentre eles existe um que diz o seguinte:
 
Desejo, primeiro, que você ame, e que, amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que, esquecendo, não guarde mágoa.
 
Desejo também que tenha amigos, ainda que maus e inconsequentes. Que sejam corajosos e fiéis, e que pelo menos num deles você possa confiar sem duvidar.
 
E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha adversários. Nem muitos, nem poucos, mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas.
 
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiado seguro.
 
Desejo, depois, que você seja útil, mas não insubstituível. E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
 
Desejo, ainda, que você seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com os que erram muito e irremediavelmente, e que fazendo bom uso dessa tolerância, você sirva de exemplo aos outros.
 
Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais, e que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer, e que, sendo velho, não se entregue ao desespero.
 
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor, e é preciso deixar que aconteçam no tempo certo.
 
Desejo, por sinal, que você seja triste, não o ano todo, mas apenas um dia. E que nesse dia descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
 
Desejo que você descubra, com a máxima urgência, acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos e infelizes, e que estão à sua volta.
 
Desejo, ainda, que você afague um gato, alimente um cuco e ouça o João-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal porque, assim, você se sentirá bem por pouca coisa.
 
Desejo também que você plante uma semente, por mais minúscula que seja, e acompanhe o seu crescimento, para que saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.
 
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga Isso é meu, só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
 
Desejo também que nenhum de seus afetos morra, por ele e por você, mas que, se morrer, você possa chorar sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
 
Desejo, por fim, que você, sendo homem, tenha uma boa mulher, e que sendo mulher, tenha um bom homem e que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes, e quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda haja amor para recomeçar.
 
* * *
 
Muitas vezes, desejamos que a vida seja feita apenas de coisas que nos parecem agradáveis, esquecidos de que são os obstáculos que nos fortalecem e nos fazem evoluir.
 
São as responsabilidades que nos pesam aos ombros que nos mantêm com os pés no chão, e as forças contrárias servem de testes para nossa resistência.
 
Assim sendo, só podemos avaliar o valor das circunstâncias pelas lições que nos deixam depois que passam.
 

 

 

Com base em poema do jornalista Sérgio Jockymann

 



publicado por escorpion às 22:20
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Terça-feira, 15 de Junho de 2010
Aquarelas de Lisboa

 

 

 

 

 

  
 

 

 

 

Queria ser como a gaivota 
Que de manhã sobrevoa 
Toda feliz e sem rota 
As colinas de Lisboa...

 

 
 

Queria ser como o ardina
Cuja voz bem cedo entoa
A imprensa matutina
Pelas ruas de Lisboa...

Queria ser como a varina
Que a sua venda apregoa
Sempre lesta e libertina
Pelos bairros de Lisboa...

Eu queria ser marinheiro
P'ra bem firme junto à proa
A bordo dum cacilheiro
Ver as docas de Lisboa...

Queria ser o Cristo Rei
Que lá do alto abençoa
Como patrono da grei
O céu da nossa Lisboa...

Queria ser como a guitarra
Para à noite acompanhar
O fado com toda a garra
Por quem o sabe cantar!...

Euclides Cavaco 



publicado por escorpion às 21:11
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