Anjos já amaram e por amor também choraram;
por alguém que encontraram
enquanto na Terra transitaram...
já sentiram seu Ninho vazio...
Promessas muitas já fizeram
às suas amadas, em noites enluaradas...
Estrelas viram pontilhar
e quiseram do Céu fazer descer,
para um buquê de rosas enfeitar
e o brilho fazer realçar...
Pediram para o arco-íris aparecer
e enfeitar a estrada onde ela ia passar...
Também viram a Lua cor de prata,
sua luz derramar, a mata clarear
e de amor se por a cantar...
No Mar, seus cabelos cacheados como as ondas, lembrar...
E o brilho do sol em teu olhar penetrar...
Tristonhos e perdidos também se viam,
quando esquecidos...
Mas de todas as que amavam,
uma para sempre ficava...
No coração penetrava
e de lá não mais se afastava...
Então, na solidão ficavam
e mil castelos formavam...
E a paixão os fazia sofrer!
E por mais que quisessem,
não conseguiam dela esquecer...
Anjos já sofreram, já ficaram solitários...
De todas que encontrei também um só amei...
Em meu peito se instalou
e nunca mais daqui eu afastei...
Por mais que à Deus pedisse,
E me dispusesse a orar,
do coração, nunca a consegui retirar!
Alguém me ouviu isto falar!
E uma forte voz, ouvir se fez...
É Sua, deves com ela caminhar,
obstáculos galgar e aprender a amar!
Não se abstenha de a ela servir,
e este amor sublimar...
Quanto mais eu pedi,
mais forte o liame se fazia
E a paixão aumentava...
E a Voz repetia!
Paixão é cega, leva à escuridão!
Amor verdadeiro não é egoísta, quer tudo doar...
Vais dela se afastar, aprender a amar,
para de novo com ela se encontrar...
O Amor um dia vai a Terra sublimar...
Humilde ao Pai, promessa eu fiz...
Vou aprender a Te Amar e,
juntos um dia vamos ficar...
Paixão é...
Sentir no peito um cavalo bravo obstáculos saltar...
Uma tempestade descer e o fogo continuar a queimar...
É um ciclone enfurecido que a Alma quer levar...
Lívio, um Anjo Poeta
(Psicografia:Maju)
A nossa grande heroína
Que tocou a Pátria inteira
Era uma simples ceifeira
Que se chamou Catarina.
Triste foi a sua sina
Por querer trabalho e pão
Mataram sem ter razão
A infeliz Catarina.
Três tiros de carabina
No Monte do Olival
Marcam o lugar fatal
Onde tombou Catarina.
Maldita mão assassina
Crime hediondo de horror
A fúria dum ditador
Assassinou Catarina.
O Sol jamais ilumina
Esse pedaço de solo
Onde com um filho ao colo
Mataram a Catarina.
Seu nome entre outros culmina
Nas terras de Baleizão
P'ra toda a nossa Nação
Serás sempre a Catarina !...
Obs.: Caso queira ouvir este poema declamado pelo seu autor acesse