Domingo, 7 de Julho de 2013
Mãos dadas (Carlos Drummond de Andrade)

 

 

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.



publicado por escorpion às 23:46
link do post | comentar | favorito

pesquisar
 
Fevereiro 2019
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
11
12
13
14
15
16

17
18
19
20
21
22
23

24
26
27
28


posts recentes

A Água - é fonte de vida

Faz-me teu Poeta (Emanuel...

Mar Português (Fernando P...

Mãos dadas (Carlos Drummo...

As duas flores

Todos estão surdos

Abraço de Natal

Apenas uma mensagem

Não aprendo a lição

O sol na minha mão

arquivos

Fevereiro 2019

Outubro 2014

Setembro 2013

Julho 2013

Junho 2013

Março 2013

Dezembro 2012

Agosto 2012

Maio 2012

Março 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Abril 2011

Fevereiro 2011

Dezembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

blogs SAPO
subscrever feeds